ONU recomenda fim das escolas cívico-militares no Brasil 6r1g43

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Foto: Divulgação | O Comitê de Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou que o Brasil tome medidas concretas para impedir a expansão de escolas cívico-militares em seu território.

A recomendação integra a Revisão Periódica Universal (RPU), processo que avalia, a cada quatro anos e meio, a situação dos direitos humanos nos países-membros da ONU.

Segundo informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o alerta da ONU foi motivado por uma denúncia apresentada pelos deputados Luciene Cavalcante, Celso Giannazi e Carlos Giannazi, todos do PSOL-SP.

Eles criticaram a implementação do modelo cívico-militar nas escolas públicas do estado de São Paulo, consolidado por meio de uma lei complementar durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na avaliação do Comitê, a militarização do ambiente escolar pode comprometer direitos fundamentais das crianças, incluindo liberdade de expressão, desenvolvimento psicológico e igualdade de o a uma educação inclusiva e plural. A ONU pede que o Brasil suspenda imediatamente qualquer iniciativa de criação ou ampliação desse modelo de ensino.

Mas a preocupação internacional não se limita às escolas. Em um relatório mais amplo, a entidade também fez duras críticas à violência sistemática contra crianças em territórios marginalizados. A ONU demonstrou “profunda preocupação” com o que considera um quadro alarmante de discriminação racial estrutural, especialmente em comunidades pobres e favelas, onde crianças negras são as maiores vítimas.

Segundo o relatório, a elevada taxa de mortalidade infantil nessas áreas é agravada por frequentes mortes e desaparecimentos durante operações militares e policiais.

O Comitê pede ao governo brasileiro ações imediatas para prevenir tais episódios, como o fortalecimento de mecanismos de controle externo da atividade policial, investigação independente dos casos e responsabilização dos envolvidos, com divulgação pública dos resultados.

A ONU também alertou para a necessidade de proteger a privacidade de crianças no ambiente digital. O Comitê recomendou que o Brasil reforce sua legislação para garantir a segurança de dados pessoais de menores, além de proibir o uso desses dados em sistemas de inteligência artificial.

Nesse sentido, o Comitê sugeriu a rápida aprovação de um projeto de lei que trata da geração de conteúdo pornográfico por meio de inteligência artificial, medida que busca proteger crianças e adolescentes de novas formas de violência sexual online.

Outra recomendação relevante foi a revisão das normas sobre adoção. O relatório aponta a necessidade urgente de estabelecer critérios mais rigorosos e mecanismos de fiscalização mais eficazes para evitar o tráfico de crianças disfarçado de adoção legal.

Segundo o Comitê, a ausência de protocolos claros contribui para a vulnerabilidade de menores à exploração e à violação de seus direitos fundamentais.

As recomendações da ONU não são obrigatórias, mas possuem forte peso político e moral. Elas funcionam como uma forma de pressão internacional para que os países respeitem os compromissos assumidos em tratados multilaterais, como a Convenção sobre os Direitos da Criança, da qual o Brasil é signatário desde 1990.

 

Fonte: portaldocarpe e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 11/06/2025/07:00:22

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