Cooperativa denuncia envolvimento de policiais em conflito por madeira em MT h5526
Conflito ocorre há aproximadamente sete anos no município de Feliz Natal. Os cooperados dizem que já tiveram casas queimadas e foram ameaçados.
Representantes da Cooperativa Mista Agropecuária e Pastoril do Assentamento Ena (Cooperena) localizada em Feliz Natal, a 518 km de Cuiabá, denunciaram o envolvimento de policiais militares e civis em um conflito por madeira na região. Os assentados, segundo a cooperativa, já tiveram casas queimadas e sofreram atentados armados. O caso foi denunciado na Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), entidades ambientais e no Ministério Público Estadual (MPE).
Em nota, a Sesp-MT afirmou que orientou a cooperativa a procurar as corregedorias da PM e da Polícia Civil para realizar as denúncias envolvendo os policiais.
A briga pela extração de madeira ocorre há aproximadamente sete anos. Segundo o presidente da Cooperena, Gelso Fistarol, uma empresa foi contratada para realizar a atividade extrativista numa área de 30 mil hectares que pertence à cooperativa. A empresa, no entanto, teria realizado o trabalho, mas não remunerou os assentados.
“Em vez de pagar, eles só pegaram a madeira e não pagaram nenhum centavo para a cooperativa. Somando apenas as notas fiscais, a dívida deles é de cerca de R$ 8 milhões”, afirmou Fistarol.
Em 2014, o contrato com a empresa foi rompido. Entretanto, a atividade não foi suspensa e a extração continuou sem que a cooperativa recebesse.
Em janeiro deste ano, segundo Fistarol, o conflito ficou violento. Um dos cooperados, de 70 anos, teve a casa incendiada por homens que teriam sido contratados para intimidá-los. Os capangas também teriam ateado fogo em outras duas propriedades rurais dos assentados.
Para evitar as ameças, a Cooperena contratou vigias armados para evitar os roubos de madeira e fazer a segurança dos assentados. Eles foram vítimas de uma tentativa de homicídio no dia 4 de agosto.
Os seguranças foram abordados por três homens armados que trafegavam pelo assentamento. Eles disparam cerca de seis tiros e fugiram na mata.

De acordo com o presidente da cooperativa, as ameaças por telefone também são constantes. “Todos os dias eles me ligam fazendo ameças dizendo que vão me matar. Já até chegaram a atirar na minha casa”, contou Fistarol.
As ameaças, segundo a cooperativa, também são feitas por áudio enviados através de aplicativos. Em um deles, um homem diz que está na presença de um policial e manda os cooperados tomarem cuidado.
“Você não sabe com quem está mexendo. Se você tirar o leite das minhas crianças, vou tirar o seu leite também. Toma cuidado. As coisas não são como você acha. Se queimas uma palha minha, queimo uma espiga sua”, diz um dos áudios.
Por meio de assessoria, a Sesp-MT diz que vem realizando atividades policiais para inibir atividades criminosas na região.
Fonte: G1 MT.
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